Educação em Mogi Guaçu
Página com os dados e estatísticas referentes a educação pública e privada do município.
Os dados apresentados são resultado de análises e tratamentos dos microdados fornecidos pelo INEP em Microdados INEP. Deste modo, os resultados não refletem toda a população, mas sim uma amostra significativa desta.
Os dados são anonimizados, ou seja, não é possível relacionar os registros à nome de pessoas ou números de identidade.
Nesta página, têm-se como objetivo evidenciar as métricas referentes à educação no município trazendo transparência à população sobre os resultados que se vêm obtendo nos últimos anos e permitindo intervenções mais inteligentes no setor.
Você encontra nesta página
- Ensino fundamental: Uma análise dos dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), explorando os resultados obtidos nas últimas provas, a importância do hábito de leitura e a influência que os pais têm sobre o desempenho do aluno.
- Ensino médio: Análise do desempenho nas áreas do conhecimento na prova do ENEM e o impacto das condições socioeconômicas no desempenho dos participantes.
- Professores: O perfil, perspectivas e desafios enfrentados por quem está na base da educação: os professores.
Ensino fundamental
Esses dados foram obtidos através dos microdados fornecidos pelo INEP, nessa página. São dados do SAEB dos anos de 2011 a 2017.
É importante ressaltar que os dados fornecidos pelo SAEB sempre são em formato de amostra, ou seja, não contemplam a totalidade dos dados coletados pelo Sistema de Avaliação. Isso implica que esses gráficos e análises sejam feitos com base nas amostras disponíveis.
O primeiro gráfico disposto nessa primeira aba é referente à quantidade de alunos por ano analisados na amostra de dados coletada pelo SAEB em cada ano referido.
Já o segundo gráfico, disponibilizado abaixo, é referente à quantidade de alunos por escola em cada um dos anos analisados pelo SAEB (5º e 9º ano).
Nas abas seguintes, trataremos de assuntos mais específicos da análise de dados do SAEB e suas tendências de acordo com a amostra de dados disponível pelo Sistema de Avaliação.
Em primeiro lugar, dispomos os gráficos de dados sobre a evolução do desempenho dos alunos no que diz respeito às notas de Matemática, de 2011 a 2017, tanto do 5º como do 9º ano.
Assim, os dois gráficos abaixo se referem à evolução das notas de Matemática, dos alunos do 5º ano. Há uma pequena variação no desempenho médio dos alunos, que diminui de 2011 a 2015, mas retoma um valor maior em 2017. De qualquer forma, é impossível fazer qualquer apontamento sobre o desenvolvimento no desempenho dos alunos do 5º ano de acordo com esses dados.Por outro lado, a evolução das notas de matemática dos alunos do 9º apresenta uma maior uniformidade, o que facilita a ideia de que, talvez, haja um desenvolvimento real nas médias dos alunos analisados.
A maior diferença pode ser observada entre os anos de 2013 e 2015, quando o aumento da média atinge 9 pontos ao total.
Nessa seção, temos os gráficos que contemplam os dados sobre a evolução das notas de Língua Portuguesa. É possível observar, ao contrário da instabilidade de evolução das notas de Matemática, que em Língua Portuguesa, os alunos conseguem manter uma evolução mais uniforme, ou estável.
Os alunos do 5º ano que são abordados nos dados, por exemplo, se levarmos em consideração o aumento das médias, mantiveram uma evolução relativamente constante entre 2011-2015, em relação às notas de Língua Portuguesa, com uma acentuação no desempenho no ano de 2017, que constitui uma diferença de 11 pontos na média, quando comparado com 2015.Já os alunos do 9º ano, apresentam uma uniformidade maior durante toda a linha temporal analisada. Desde 2011 a evolução das notas segue positiva e com aumentos significativos em relação aos anos anteriores.
Vale ressaltar que a maior diferença se dá, também, entre os anos de 2015 e 2017, que, neste caso, se apresenta também com 11 pontos de média de diferença.
Outros dados interessantes que são disponibilizados pelo SAEB são os dados referentes à frequência de leitura dos alunos que concluem a avaliação. A frequência de leitura se mostra importantíssima para o aprendizado dos estudantes e não só para a compreensão dos conteúdos abordados em sala de aula, mas também como forma de compreender e interpretar o mundo ao seu redor.
Alguns pontos são interessantes para análise e observação a partir dos dados disponíveis;
- A frequência de leitura dos alunos do quinto ano, em especial, é muito animadora. Os dados disponíveis pelo SAEB de 2017 nos apontam que do total de alunos contemplados pelos dados, apenas 5% (152 do total de 2704 alunos analisados) lê nunca ou quase nunca.
- A frequência de leitura dos alunos do 9º ano analisados é bem menor. Isso pode ser causado por inúmeros fatores, e está além do que conseguimos analisar agora, mas, o fato é que, se essa mudança ocorre, algum – ou alguns – obstáculos existem no caminho, o que deixa espaço para exploração e estudo sobre o tema.

Um fator muito importante sobre leitura, também, é a disponibilidade de infraestrutura e bibliotecas nas escolas que são analisadas pelo SAEB. Dentre as escolas que possuem essa infraestrutura e as disponibilizam para os alunos, é possível observar algumas coisas;
- Novamente, os alunos de quinto ano constituem maioria na frequência de utilização da biblioteca das escolas, sendo apenas 26% do total aqueles que nunca ou quase nunca utilizam da biblioteca. Isso faz com que seja possível concluir que: a disponibilidade de infraestrutura e de um espaço para que os alunos possam ser incentivados a exercer o hábito de leitura é de suma importância.
- Os alunos do 9º ano, aparentemente, utilizam menos o espaço da biblioteca no ambiente escolar quando comparados aos alunos do 5º ano. Mas, ainda assim, os que o utilizam – tanto sempre ou quase sempre quanto de vez em quando – configuram 34% do total. É um número significativo, que reforça a importância desses espaços.
As consequências do hábito da leitura, frequência com que esse hábito se manifesta e a utilização dos espaços da biblioteca nas escolas se reflete diretamente no desempenho dos alunos na avaliação. Nestes gráficos abaixo temos essa comparação.
É perceptível que os alunos com frequência de leitura maior têm tendência a um maior desempenho quando comparados àqueles que nunca ou quase nunca leem, tanto quando nos referimos aos alunos de 5º ano, quanto aos alunos de 9º ano.
É essencial sempre reforçar a necessidade e a importância do hábito da leitura, de consumo de literatura, cultura e entretenimento de diferentes formas e gêneros para a estruturação de alunos e seres humanos que têm a capacidade de interpretar o mundo ao seu redor, a realidade, para que busquem apontar os problemas que esta tem, para que eventualmente também sejam corrigidos.
O SAEB também disponibiliza uma relação entre desempenho e escolaridade de pais ou responsáveis pelos alunos. Esta aba conta com a relação entre desempenho dos alunos e escolaridade da mãe ou mulher responsável pelos mesmos.
O que essa relação nos mostra é a importância da escolaridade para o desempenho dos alunos e compreensão dos conteúdos. Mas, para além disso, também nos mostra, implicitamente, a importância de condições econômicas e materiais – que estão, quase que inevitavelmente ligadas à escolaridade -, como condições também essenciais para que os alunos analisados consigam se dedicar à compreensão e ao ambiente escolar de maneira eficiente.
Dito isso, é possível inferir que o desempenho dos alunos é fortemente influenciado pela escolaridade, condições econômicas e sociais de suas mães ou responsáveis, tanto nos alunos de 5º como nos de 9º ano, assim como o gráfico abaixo nos mostra muito bem.
A alfabetização, no mesmo sentido, também se torna um fator de influência no desempenho dos alunos, e é aparentemente até mais pujante do que a influência da escolaridade das mães ou responsáveis, como podemos observar abaixo;
Por fim, temos novamente a relação dos dados de frequência de leitura, mas, desta vez, abordando mães ou responsáveis que praticam a leitura no ambiente doméstico, podendo influenciar positivamente seus filhos ou as crianças pelas quais são responsáveis.
Por fim, existe a relação entre desempenho dos alunos analisados e escolaridade, alfabetização ou hábito de leitura do pai ou homem responsável. Assim como a influência materna, essa relação também é de suma importância para o desempenho dos alunos ou possibilidade de dedicação à escola e ao aprendizado.
Novamente, é importante ressaltar que a escolaridade de pais ou responsáveis está diretamente relacionada com as condições econômicas e materiais de que essa família ou núcleo social dispõe, atuando como fator importante na observação dos dados e dos gráficos de maneira implícita.
Desta forma, a escolaridade do pai ou homem responsável também exerce um fator de grande importância no desempenho dos alunos, tanto do 5º como do 9º ano.
Bem como observamos nos dados sobre a influência materna no desempenho dos alunos, a alfabetização também cumpre um importante papel, também ligada à condições econômicas. Algo interessante de se notar, assim como citado na relação entre desempenho e influência materna, é que a alfabetização do pai ou responsável também é de suma importância na influência do desempenho dos alunos.
E, para concluir, dispomos da relação entre a frequência de leitura do pai ou responsável e o desempenho dos alunos. Essa relação, quando comparada com a relação da influência materna, aparentemente é menor. Mas é impossível concluir qualquer coisa, pois a diferença entre as duas relações, apesar de existir, é pequena, e não dispomos das ferramentas para aprofundamento neste tópico em específico.
Ensino médio
Dados obtidos através dos microdados fornecidos pelo INEP na página Enem — Inep (www.gov.br).
A interpretação dos resultados obtidos deve ser realizada junto com a análise da característica e distribuição dos dados, apresentados nesta aba.
Ainda, deve ser ressaltado que os dados analisados são apenas uma amostra de todos os dados e por isso um erro inato deve ser associado, comumente encontrado em estudos deste gênero.
A quantidade de dados de alunos de Mogi Guaçu obtidos por ano pelos microdados do INEP não foi constante, sendo conforme a figura:
A proporção de escolas particulares e públicas presentes nos dados se deu de maneira desigual: 95% dos dados refletem as tendências de escolas públicas.
O entendimento referente aos perfis dos candidatos do ENEM podem fornecer indicadores indiretos da sociedade e e dos demais resultados obtidos.
A proporção de mulheres candidatas da prova do ENEM é 20% superior a de homens.
A faixa etária candidata da prova é majoritariamente formada por jovens de 17 e 18 anos, formandos do ensino médio.
Uma parcela significativa dos candidatos se aplicam como treineiros, ou seja, cujo desempenho não pode ser utilizado para participar de programas como SISU, PROUNI e FIES.
A proporção de treineiros pode ter impacto relevante nos resultados observados, pois, fatores como nervosismo ou seriedade fornecem uma experiência de prova diferente.
Observações sobre o desempenho na prova de ciência da natureza:
- É possível constatar a existência de provas “mais difíceis” em determinados anos, conforme a flutuação observada nas escolas particulares e públicas;
- Alunos de escolas particulares apresentaram, em média, 10,5% maior pontuação que escolas públicas (3ª área com mais disparidade, perdendo para matemática e redação);
- 2019 foi o ano de menor diferença percentual no desempenho entre as modalidades escolares.
É importante ressaltar que os valores apresentados representam valores médios. Alunos com alto e baixo desempenho existem em ambas modalidades de administração escolar.
Deste modo, recomendamos a seção “Percepção da causa raiz dos problemas no ensino” na seção “Professores” e os fatores socioeconômicos desta aba que podem fornecer uma perspectiva mais completa dos resultados obtidos.
Observações sobre o desempenho na prova de ciência humanas:
- Maiores desempenhos no ano de 2018 podem indicar uma prova “mais fácil”;
- Alunos de escolas particulares apresentaram, em média, 7% maior pontuação que escolas públicas;
- 2019 novamente foi o ano que apresentou menor diferença percentual entre as modalidades administrativas (5.5%).
É importante ressaltar que os valores apresentados representam valores médios. Alunos com alto e baixo desempenho existem em ambas modalidades de administração escolar.
Deste modo, recomendamos a seção “Percepção da causa raiz dos problemas no ensino” na seção “Professores” e os fatores socioeconômicos desta aba que podem fornecer uma perspectiva mais completa dos resultados obtidos.
Observações sobre o desempenho na prova de matemática do ENEM:
- Perdendo apenas pra redação, é a segunda prova com maior disparidade entre públicas e particulares com diferença média de 12.8%;
- Tendência de crescimento das notas em escolas públicas e privadas de 2016 à 2018;
- 2019 foi o ano que apresentou menor diferença percentual entre as modalidades administrativas (9.9%).
É importante ressaltar que os valores apresentados representam valores médios. Alunos com alto e baixo desempenho existem em ambas modalidades de administração escolar.
Deste modo, recomendamos a seção “Percepção da causa raiz dos problemas no ensino” na seção “Professores” e os fatores socioeconômicos desta aba que podem fornecer uma perspectiva mais completa dos resultados obtidos.
Observações sobre o desempenho na prova de Linguagem, códigos e suas tecnologias:
- É a prova com menor diferença no desempenho entre públicas e particulares (média de 6% de diferença nas pontuações);
- Tanto particulares quanto públicas não apresentaram tendências de crescimento ou decrescimento, oscilando em torno de um valor intermediário;
- 2019 é o ano com menor diferença de desempenho com apenas 4% de diferença nas pontuações.
É importante ressaltar que os valores apresentados representam valores médios. Alunos com alto e baixo desempenho existem em ambas modalidades de administração escolar.
Deste modo, recomendamos a seção “Percepção da causa raiz dos problemas no ensino” na seção “Professores” e os fatores socioeconômicos desta aba que podem fornecer uma perspectiva mais completa dos resultados obtidos.
Observações sobre o desempenho na prova de Redação do ENEM:
- É a prova com maior diferença no desempenho entre públicas e particulares (média de 20% de diferença nas pontuações);
- Observada tendência de melhora ao longo dos anos em ambas as modalidades administrativas escolares;
- 2019 é o ano com menor diferença de desempenho, com apenas 13% de diferença nas pontuações.
Sendo que a nota é composta pela contribuição de 5 competências:
Competência 1: Domínio da escrita formal da língua portuguesa;
Competência 2: Compreender o tema e não fugir do que é proposto;
Competência 3: Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista;
Competência 4: Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação;
Competência 5: Respeito aos direitos humanos.
As análises mostraram que as competências que os alunos apresentam maiores dificuldades são praticamente em mesma proporção nas escolas públicas e particulares, sendo o respeito aos direitos humanos e capacidade de argumentação aquelas com menor performance.
Desempenho médio é a média das notas em ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, matemática e redação no ENEM.
As notas de corte das faculdades pelo SISU são formadas como uma variante do desempenho médio, a depender do curso que o candidato se aplica. Portanto, o resultado obtido aqui é também um indicador importante sobre a relação de alunos que estão tendo acesso às universidades públicas.
A correlação entre renda familiar e desempenho na prova do ENEM é evidente, conforme o gráfico abaixo.
As diferenças de desempenho pela renda familiar são mais acentuada nas classes econômicas mais baixas. A medida que se avança a renda familiar, a tendência de melhor desempenho se torna mais amena, mas ainda é evidente.
Importante ressaltar que essas são medidas de tendência central (médias) e não podem ser utilizadas para generalizar e atrelar uma condição a um desempenho. Os dados mostraram que alunos de alto e baixo desempenho existem em todas as faixas de renda familiar.
Desempenho médio é a média das notas em ciências da natureza, ciências humanas, linguagens, matemática e redação no ENEM.
Conforme demonstrado pelos gráficos abaixo, existe uma correlação entre as notas obtidas na prova do ENEM e o grau de instrução dos pais.
Importante ressaltar que esses são indicadores indiretos de qualidade de vida e medidas de tendência central (médias) e não podem ser utilizadas para generalizar e atrelar uma condição a um desempenho. Os dados mostraram que alunos de alto e baixo desempenho existem em todas as faixas de renda familiar.
Esses resultados são indicadores indiretos da relação de renda familiar, também explorado nesta aba, e condição de vida.
Observa-se que não existe uma tendência de que a educação do pai seja mais relevante que a da mãe ou vice-versa. Modelos de análise mais avançados mostraram que ambos possuem uma contribuição similar.
Professores
Esses dados foram obtidos através dos microdados fornecidos pelo INEP na página Enem — Inep (www.gov.br). São dados do SAEB de 2017.
É importante ressaltar que os dados fornecidos pelo SAEB sempre são em formato de amostra, ou seja, não contemplam a totalidade dos dados coletados pelo Sistema de Avaliação. Isso implica que esses gráficos e análises sejam feitos com base nas amostras disponíveis.
Para concluir essa introdução, o MogiOpenData ressalta seu respeito, admiração e apreço por todos os professores e profissionais educadores. Cremos que é importantíssimo dar voz e espaço para os educadores se expressarem sobre seus locais de trabalho, dificuldades na sala de aula e atuação nas escolas públicas da cidade, afinal, além de conviver com os alunos, eles passam boa parte de seus dias no ambiente escolar, sendo possível ter uma visão única sobre a educação, sua infraestrutura, demandas e necessidades – que devem ser constantemente denunciadas –, bem como seus pontos positivos e frutíferos, a fim de mantê-los e reforça-los na medida do possível.
Os dados disponíveis nessa área abrangem principalmente o perfil dos professores – como sexo, idade e em quantas escolas públicas da cidade eles atuam –. Essa amostra proveniente do SAEB 2017 sobre a proporção por sexo e faixa etária de professores nas escolas públicas de Mogi Guaçu faz ser possível constatarmos algumas coisas sem muito aprofundamento:
1- A imensa maioria de professores em escolas públicas na nossa cidade – em todas as faixas etárias, sem exceção – é composta por mulheres, principalmente de 40 a 49 anos de idade.
2- A desigualdade de proporção, comparativamente, entre os sexos, não diminui substancialmente ao longo das faixas etárias.
Além disso, é possível observar, nos dados disponíveis em gráfico abaixo, que:
Metade dos professores do ensino público municipal atuam profissionalmente em apenas uma escola, 41% deles em duas escolas, e uma minoria, composta por 9%, atuam em três ou mais instituições de ensino.
Além da amostragem de dados sobre o perfil dos professores, sua proporção por sexo e faixa etária e seu perfil profissional em relação à quantas escolas cada profissional atua, é possível obter dados sobre a percepção pessoal dos professores a respeitos dos possíveis problemas de aprendizagem dos alunos que os mesmos lecionam.
A percepção dos profissionais educadores é sempre muito importante no processo de melhoria e desenvolvimento de soluções para o aprendizado e o ensino. É possível observar que, segundo a percepção dos próprios professores, os cinco maiores problemas que permeiam o aprendizado dos alunos, do maior ao menor, segue a seguinte ordem:
1- Falta de acompanhamento dos pais, com apoio de 85% dos professores;
2- Desinteresse dos alunos, com 83% dos professores;
3- Meio social em que o aluno vive, de acordo com respaldo de 81% dos educadores;
4- Baixa autoestima dos alunos, de acordo com 63% dos professores;
5- Indisciplina em sala de aula, com concordância de 61% dos profissionais.
É possível argumentar que alguns dos problemas podem se interseccionar, serem codependentes ou confluentes , por exemplo, talvez a indisciplina em sala de aula esteja intimamente relacionada com o desinteresse dos alunos ou sua baixa autoestima, assim como a falta de acompanhamento dos pais pode ser algo proveniente do meio social em que o aluno vive. Todas essas questões são muito importantes e podem ser abordadas com maior foco e aprofundamento no futuro.
Os dados sobre os problemas enfrentados abrangem os relatos dos professores sobre situações de violência, agressão e situações difíceis relacionadas à frequência de alunos nas escolas sob efeitos de álcool ou drogas ilícitas enfrentadas pelos professores de escolas públicas de Mogi Guaçu.
É possível observar que os episódios de agressão entre os próprios alunos são muito mais recorrentes no ambiente escolar do que episódios de agressão a funcionários e profissionais da escola e episódios de alunos frequentando as escolas sob efeito de drogas de qualquer tipo.
Os dados coletados a partir desses relatos de professores sobre problemas enfrentados também podem ser utilizados – com muito cuidado e de forma objetiva, é importante ressaltar – para fins de análise sobre os dados colocados na aba acima (ou anterior) sobre a percepção da causa dos problemas no ensino, pois também leva em conta problemas que afetam diferamente o ensino.
Os dados disponíveis nessa aba são referentes à porcentagem de conteúdo cumprida pelos professores com suas respectivas salas de aula durante o ano letivo de 2017, o ano em que esses dados foram coletados.
A esmagadora maioria dos professores relata que cumpriu pelo menos mais de 60% do conteúdo total a ser abordado durante o ano letivo, o que pode ser um sinal positivo.Além disso, mais de 60% dos professores dessa amostra afirma tem cumprido 80% ou mais do conteúdo total proposto para o ano letivo.
Esta última amostra da seção sobre os Professores nos concede uma visão pessoal dos professores contemplados. Essa visão dos professores quantificada é sobre a expectativa dos mesmos sobre os alunos concluírem o ensino médio e ingressarem no ensino superior.
As expectativas dos educadores sobre a conclusão do ensino médio se mostra muito positiva, visto que mais de 80% deles acredita que quase todos os alunos irão concluir o ensino médio.
Em relação ao ingresso no ensino superior e uma faculdade, os professores tendem a ser um pouco mais pessimistas, com uma distribuição mais igualitária entre as diferentes respostas e opiniões sobre essa possibilidade;
- 26% acreditam que poucos alunos irão entrar na faculdade
- 27% acreditam que pouco menos da metade dos alunos entrarão na faculdade
- 30% acreditam que um pouco mais da metade entrarão na faculdade
- E, por fim, apenas 17% dos professores acreditam que quase todos os alunos vão entrar na faculdade.
Essa visão dos professores pode estar atrelada a inúmeros fatores sociais, econômicos, pessoais, entre muitos outros e, por isso, é impossível dizer com certeza no que suas visões estão baseadas ou estruturadas.
Sabia que você pode sugerir melhorias ou correções na caixa abaixo?
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